Friday, November 02, 2007
SÚPLICA III
SÚPLICA III
Aqui sozinha sofro, estou a recordar!
Pensando em tudo que se passou
Desde que cheguei em Salvador pra estudar!
Hoje 30/07/1971, já se foram dois anos!
Não é tão fácil contornar distancias
Me sinto uma estranha entre todos que convivo
Nunca igual ao meu lar, família...Será!
Pesada cruz ainda meu sofrimento verá
É tudo estranho vivo na correria não paro
Consegui emprego, só que complicou muito mais!
Paciência, hei de vencer! quero alcançar meus limites.
Apenas enxergo no limiar da longa estrada
Os meus anseios e desejos sem fim ou limites
Que importa os sofrimentos...Só vejo meus sonhos!
(obs: quando estudante em Salvador)
(30/07/1971)
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 03/11/2007
Código do texto: T721266
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
VOU PARTIR...
VOU PARTIR...
Vou partir e ficar longe de ti,
Longe do amor, do teu coração
Quero somente que meu amor não esqueça
E eu possa partir com o coração tranquilo
Sinto a dor da saudade em meu peito,
E ter-te longe, meu coração sofrerá
Na saudade te avistarei mais ainda
Sempre te amei, mesmo sem ver-te te amava
Vou partir meu bem amado, escuta
Mesmo assim de te não esquecerei
Guardarei comigo a tua imagem, teu amor
Dentro do meu peito ferido pela dôr..
Vou partir, más ficarei contigo, ficarás comigo
Esta distância não há de nos separar
Existe o nosso amor que é eterno,
E partir não é sinonimo de esquecimento
Vou partir com o coração em prantos
Más de lá te mandarei constantemente
Pela brisa que passa docemente
A minha, a nossa mensagem de amor!
Como eu quisera que na nossa despedida,
Ao se unirem as nossas mãos querido
Lá de longe o som de um soneto soasse
Jamais nos esqueceremos...
(_06/1967 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 17/04/2007
Código do texto: T452580
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
ACROBACIAS DA VIDA...
ACROBACIAS DA VIDA...
Sim! agora penso...Penso...
Não sei o que fazer...Não sei,
Sofro em silencio! sigo e sofro...
Só não entendo esse meu sofrer!
Horas eu choro, canto e esqueço...
Momentos tristes, lágrimas rolam
Choro enfim...Horas alegre, alivio!
Canto enfim... felicidade, é assim
Não sei se sofro, se canto...Porque?
Miro-me no espelho! Olho atenta
Procuro...E só tristezas reflectem...Vejo!
Em meu semblante só tormentos vis
E só desencanto na longa vida sinto!
Se busco nela alongar meu pensamento,
Pensar é bom para quem sente a dor...
A dor que fere em sua sede vil, rouba!
Alegrias, dos que tentam viver...Sorrir, cantar...
Mera alegria que todos querem, anseiam!
Buscam-na assim...E que tão poucos tem, sofrem...
Constante busca em longa espera visam alcançar!
Pensar é bom! Tentar é loucura de glória...Enfim é a vida!
(_03/1970 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 18/04/2007
Código do texto: T453927
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
MEU E S P E L H O ...
MEU E S P E L H O...
Floresça, cante, ria...A onde for!
Saia dando a terra claridade,
Dê descanso às almas descansadas...
Quero que seja sempre celebrado.
Chores de manso, nele terás teu refúgio
Só a dor enobrece...Sofres sereno
A vida é longa, é triste enfim!
O mundo é sem piedade...
Da tua inconsolável amargura
Aprende a amar, que amarás um dia
E, só dela terás a tua ventura
Sem um grito sequer tua desgraça
De te há traços tristezas inteira
Tua lúcida e constante companheira!
(_04/1964 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 18/04/2007
Código do texto: T453938
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
PROSSEGUIR...
Devo prosseguir, ou esquecer,
se tenho que lembrar
Lembrar que sou alguém,
que necessito de paz,
Uma paz cheia de amor...
Onde poderei encontrar o sonho!
E nesse desejo martirizo-me
cada vez que penso eu sofro assim
Um sofrer imenso, e pouco a pouco leva meus sonhos
além, espalham-se, e tentam vencer...
Lutam enfim...Continuo lutando,tento alcançar
pensando esquecer os tormentos,
devo esquecer? Insistir porque!
Se lembrar, esquecer, é inútil enfim...
(_03/1970 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2007
Código do texto: T455270
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
SENTIMENTO...
Eu tenho um sentimento
Que dilacera meu Peito...
Me sinto tão só e distante,
Só a Deus sei recorrer!
Pois o homem na sua Lei...
Se individualiza em técnicas,
Esquecendo a Lei Maior
Sabendo ele que existe...
Um direito consagrado,
Em todas as Leis do Mundo!
Que um julgamento de um cidadão...
Deve ser realizado..
Dentro de um prazo razoável,
Dizei-me oh Deus! Como posso,
Me sentir conformado...
Nessa inquietude de vida,
E ao descaso entregue,
A julgamento dos homens...
Aconteça o que acontecer...
Apenas a ti meu Pai!
Me entrego nessa hora,
Escuta meu coração!
Pois minha voz já se Cala ...
Rasga-me o Peito afundo...
Apenas um GRITO DE DOR...
Meu Pai...Em vossas mãos eu estou...
(_02/2007 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2007
Código do texto: T455271
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
SOLIDÃO...
SOLIDÃO...
Hoje em meu leito enternecida
De olhar entreaberto para o vazio!
Um longo vácuo...vejo no espaço
Durante horas fico a pensar,
Entre grossas nuvens, enorme vácuo....
Traz a minh'alma pesar imenso
Tento acordar...atordoadas nuvens
Quero dormir...Más não consigo nada!
E mais a mais minh'alma fica em nuvens,
Brancas...Tão brancas como algodão
Alucinado-me em sonhos mil ...
Por que viver assim tão só em nuvens!
Por que sofrer envolta a solidão
Se tudo tenho para sair da solidão!
(_01/1970 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2007
Código do texto: T455272
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
P R I M A V E R A . . .
P R I M A V E R A . . .
Primavera...Primavera
Que beleza de esplendor...
Estação tão ofuscante,
Em tudo se vê amor!
Em seus galhos palpitantes...
Tudo parece cantar...
Quem me dera...Quem me dera...
Ser igual a primavera!
De graça beleza e fulgor,
Natureza se enfeita,
Passarinhos gorjeiam mais
Saltitando seu sabor
Que aspecto tão bonito...
Que flores cheias de vida,
Com incomparável meiguice
Das flores brotam amor...
A natureza se empolga...
Tudo começa a cantar,
Oh' canto de harmonia...
Oh'canto cheio de flor!!!
Bem cedo o sol desponta
Com seus raios ofuscantes,
Dando mais vida a flor...
Que linda manhã de amor
Oh' Primavera encantada!
És como um sonho azul...
Dos lindos contos de fada
E príncipes reais, encantados
Primavera...Mocidade infinita!
Entre aberto botão e fechada rosa
Das verdes ramas pendentes...
Cheias de méritos perfumadas flores
Primavera que saudade...
Que mistério que clamor...
Com ternura se despede!
Deixando perfume e amor...
Primavera...Primavera!
Que linda manhã de Sol...
Dos raios Solares se estendem,
Soltando raios de amor...
Primavera que alegria!
Que instante...és rosa enfim
A natureza se expande...
Em tudo se vê amor...
(_11/1962 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 19/04/2007
Código do texto: T455273
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
A M O R AUSENTE ...
Hoje cedo acordei, a chorar e soluçar
Pois sonhei com meu benzinho ,
que ausente está de mim...
solucei o dia todo, sem saber o que fazer...
a'h se eu fosse uma andorinha,
voaria a ver meu bem ...
E naquela angustia louca, sem saber pra onde ir
Em meu leito já cançada, eu tornei adormecer...
Entre insónia... agitação, lindo sonho eu tive !
Transformando-me em andorinha, no céu azul voava
E sempre a voar...voar...no meu destino cheguei
Em seu leito adormecido lá encontrei meu benzinho
Beijei-lhe a face querida, com todo carinho e amor
Ao despertar que alegria, o sol estava a brilhar
Da varanda vi com alegria, mil andorinhas a voar...
completando assim meu sonho, num cenário real...
(_11/1962 )
Beri
Publicado no Recanto das Letras em 18/04/2007
Código do texto: T453932
Esta obra está licenciada sob uma Licença Creative Commons. Você pode copiar, distribuir, exibir, executar, desde que seja dado crédito ao autor original. Você não pode fazer uso comercial desta obra. Você não pode criar obras derivadas.
Subscribe to:
Posts (Atom)