Saturday, April 26, 2008

DESALENTO...


DESALENTO...

Queria tanto entender
A violência do ser humano
Tranqüilidade não existe
Busco respostas
A tantas vidas perdidas
Perco-me em pensamentos
Em meio a tanta crueldade
Eu não sei o que quero
Nem sei como, ou onde!
Apenas quero
Esse meu tormento
Dia e noite, tardes a fora
Inconsolável sofrer
Não vejo além ou aquém
Minhas esperanças esvaem-se
Inconstantes em desatino
Buscam inconsciente
Em meio à multidão
Em amotinados passos
Tão rápidos
E sem semblante
Apenas rostos
Disfarçados em pessoas
Denominados humanos!
Será? Ou não!
Isso me deprime
Inibe o meu viver
Tento descobrir a razão
Pois a mente não sei ler
Até tentei decifrar
Entre um semblante e outro
Desilusão toma conta de mim
Inútil é tentar decifrar
Entre o ser racional, irracional
Parecem bem diferentes
Será que estou certa?
Racional pensa... Então é humano?
Irracional não pensa... Será animal?
Algo errado... Não encaixa o raciocínio!
Irracional é dócil, amigo, companheiro
Pronto a servir, acompanhar e doar-se
Se ataca é por seu extinto animal
Só mata quando tem fome
Más são perseguidos e maltratados
A lei para um animal é a morte!
Racional tornou-se selvagem,
Inconstante, traiçoeiro
Enganador de prosa culta infértil
Se servir é por interesse
Se acompanhar é para agredir
Chega a doar-se? Quer algo em troca!
Se mata é por cobiça, inveja
Ou um doente mental
E ainda são considerados inocentes
Nem na cadeia eles ficam
Voltam rápida a liberdade
Livres e soltos, novas violências
Roubam, atacam e matam
Não importa a quem
Qualquer um será sua vítima!
Pai, mãe, filho ou desconhecido
A gama doentia é a violência
Matar, matar, matar apenas matar
Sem providencias ou leis sérias
Sempre estão livres
Liberdade racional
Massacres ao irracional.

Berioliveira
Publicado no Recanto das Letras em 06/04/2008
Código do texto: T933326

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